quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Tenho visto que...

Os atuais acontecimentos sobre fortalecimento de laços políticos, que pode colocar um ponto final em guerras sem sentido,e a cobertura da mídia plantada em países com regime militar, que faz de seu povo oprimido, acaba por despertar nas pessoas o conhecimento sobre seus direitos como cidadãos e pessoas. Tudo isso, agregado a solidariedade e a necessidade de lutar por melhores condições de vida, por dignidade, e principalmente plantar a esperança nas classes sociais menos ou nada favorecidas.

Os veículos de comunicação tem grande mérito nisso. A internet, os telejornais, os jornais e revistas sérios, são bons exemplos do quanto a informação pode mudar uma realidade tão cruel.
O cinema é também mais que um exemplo cultural, é uma forma de expressão, levado como lazer até as pessoas.
Hoje assisti dois excelentes filmes; o tão comentado e indicado Tropa de elite e Escritores da liberdade. Dois filmes que retratam países totalmente diferentes como o Brasil e EUA, mas com problemas sociais tão parecidos.

No Brasil, temos marginalidade gerada grande diferença sócio-econômica, típica de uma país de sub-desenvolvido, porque chamar o Brasil de país pobre é falta de noção das riquezas naturais e históricas que o país possui.
Já nos Estados Unidos da América, como explicar o alto indíce de analfabetismo e desemprego, violência e principalmente o racismo, numa potência mundial, que possuí uma das populações mais multiculturais do mundo, em termos de ascendência étnica e racial?

É difícil compreender tudo isso, pelo menos vendo pelo lado mais humanitário da coisa.
As estatísticas mostram dados concretos, mas acho que cada ponto dessa estatística é único, que cada problema é um problema.
Generalizar os fatos, só agrava a situação e distorce a realidade, nos deixando mais distantes de soluções precisas e justas.

Mas voltando aos filmes...
No tropa de elite, vi uma face de uma polícia especializada e ao que mostra pelo menos no filme, incorruptível.
Parece tudo tão surreal, tão non sense, ainda mais para alguém que saiu do Brasil há 16 anos e vive num país de primeiro mundo, onde a violência se comparada, pode-se dizer zero. Mesmo assim, rezo intimamente para que seja verdade esse trabalho desempenhado por essa força de elite, mais estruturada e que parece ser a única, que tem como ideal e coragem combater o crime organizado.

O filme é excelente por cada detalhe, seja no roteiro, na direção ou na atuação do Wagner Moura. E apesar de um tanto quanto chocante, pelo menos para quem nunca presenciou esse tipo de coisa, é muito elucidativo de como as coisas acontecem no submundo do tráfico e com o sitema de segurança público.

Sobre o filme:
Tropa de Elite é um filme brasileiro de 2007, do gênero drama, dirigido por José Padilha, mesmo diretor do documentário Ônibus 174. Com Wagner Moura, Caio Junqueira e André Ramiro nos papéis principais, o filme retrata o Batalhão de Operações Policiais Especiais, a tropa de elite da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, tendo recebido contribuições de Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE e co-autor do livro Elite da Tropa.

Sinopse:
Este filme retrata o dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE no ano de 1997 que quer sair da corporação e tentará encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente a isso, há a história de dois amigos de infância que se tornam policiais e que se destacam por sua honestidade e honra. Eles ficam indignados com a corrupção no batalhão em que atuam e decidem entrar para o BOPE para lutar contra isto.

Elenco:
Wagner Moura - Capitão Nascimento
Caio Junqueira - Aspirante Neto
André Ramiro - Aspirante André Matias
Fernanda Machado - Maria
Maria Ribeiro - Rosane
Fernanda de Freitas - Roberta
Milhem Cortaz - Capitão Fábio
Suzana Pires - Psiquiatra
Paulo Vilela - Edu
Fábio Lago - Baiano

Produção e filmagem:
Durante a pré-produção, para ambientar-se com a personagem, o ator Wagner Moura fez curso com ex-oficiais do BOPE e chegou a quebrar o nariz de um de seus instrutores.
As filmagens do longa foram iniciadas em setembro de 2006 e terminadas no mês de Dezembro de 2006 . Já no início de 2007 começaram a editar o material. Durantes as filmagens, a equipe foi alvo de um roubo. Os ladrões abordaram uma van que transportava um carregamento de armas cenográficas e as levaram.

Vazamento:
O filme foi alvo de pirataria meses antes de sua estréia, sendo vendido em cópias ilegais por camelôs de todo o país, até na Amazônia e distribuido livremente pela internet, em sítios como YouTube. Ironicamente, grande parte da divulgação do filme se deve às notícias sobre a investigação do responsável pelo seu vazamento. Hoje já se sabe que a cópia pirata do filme saiu da produtora de legendas Drei Marc, que fazia a legenda em inglês para exibição nos EUA.
Segundo o diretor do filme, José Padilha, a cópia do filme que vazou não pode ser considerada verdadeira, pois não foi inteiramente editada.
Muitos camelôs do Rio de Janeiro já vendem os filmes Tropa de Elite 2, Tropa de Elite 3 e Tropa de Elite 4. Segundo eles, seriam as continuações do filme. A verdade não é bem assim:
A "versão 2" por eles comercializada é o documentário Notícias de uma Guerra Particular, do cineasta João Moreira Salles, um dos donos do Unibanco;
A "versão 3" é apenas uma colagem de vídeos de operações policiais em favelas, principalmente em Niterói;
A "versão 4" é o filme Quase Dois Irmãos, de Lúcia Murat, com Caco Ciocler no elenco.

Controvérsia:
Além do vazamento para os camelôs e a internet, o filme foi envolvido em outros episódios polêmicos. Antes da estréia, um grupo de oficiais da PM, 19 deles do próprio BOPE, pediu à Justiça a proibição de sua exibição, alegando que ele "mancha a imagem da unidade" e retrata os seus membros como "uma horda de assassinos e torturadores". O pedido foi negado pelo judiciário. Os seus críticos, ao contrário, afirmaram que o filme é conivente com as ilegalidades mostradas no filme, e que na prática faz uma defesa da tortura e da violência policial.

Fonte: Wikipédia

3 comentários:

Anônimo disse...

Lina, que bom que aí no Japão você consegue seguir a atualidade cinematográfica brasileira. Aqui é mais difícil. Depois de toda esta descrição que você deu do filme, espero poder assisti-lo aqui ou quando for ao Brasil.
Um beijo e um bom dia.

Lina disse...

Maria Augusta,

Aqui em casa assistimos a globo internacionale assim, ficamos sabendo sobre o cinema brasileiro, fora que leio muito sobre filmes.
Muita pouca coisa vejo no cinema, a maioria faço download e assisto aqui no PC mesmo, que tem um Big monitor...risos.
Assista sim, vale e muito a pena!

Anônimo disse...

Oi, Lina, achei vc através do blog da Lunna. Bom, o "Tropa de elite" é legal, mas nada se compara à nossa triste realidade. Quase todos os dias os telejornais locais mostram a guerra entre polícia x traficantes e traficantes x traficantes, e posso te garantir que nenhum filme consegue ser mais chocante que as cenas que invadem nossas casas diariamente. O pior, amiga, é que não vejo ninguém, nem a longo prazo, que tenha competência e coragem para acaber com isso. Nossa classe política está corrompida até o pescoço, nosso congresso e senado desmoralizados por denúncias de corrupção, e o nosso presidente só quer ser reconhecido internacionalmente como um grande estadista... Se não fóssemos um povo tão alegre e batalhador, não sei aonde estaríamos agora. Certamente em meio à uma guerrea civil.
Beijos!